segunda-feira, 13 de julho de 2015

Top 100 — música #5

Entrando no top 5 da nossa lista das 100 melhores canções internacionais românticas de todos os tempos, sem brincadeira nenhuma, trazemos Bee Gees e a imortal "I STARTED A JOKE" — um golpe fatal para quem já brincou com o amor dos outros.
Composta pelos irmãos Robin, Maurice e Barry Gibb — o trio que forma o grupo Bee Gees — "I STARTED A JOKE" foi lançada em 1968, no álbum Idea, desde então se tornando um dos maiores sucessos da banda.
No Brasil, foi ao topo das paradas como o carro-chefe da trilha sonora da novela Beto Rockfeller da extinta TV Tupi.


Bee Gees 1977.JPG

Como as músicas muitas vezes servem de carteiros, essa letra — bastante melancólica, por sinal  é bem empregada para lembrar se daqueles que brincam com o amor e, por um capricho do coração, acabam se apaixonando de verdade.
Sua instrumentação original é bem modesta ao mesmo tempo que eficiente, pois já desde as primeiras notas do contrabaixo é possível identificar a canção. Além do mais, o inconfundível backvocal dos irmãos Gibbs aqui mais uma vez se encaixou muito bem com o excelente agudo da voz principal.
Então, fica evidente que a posição #5 está bem entregue, não?
Dentre as várias versões para esse clássico dos Bee Gees, destacamos a edição da banda Faith No More (veja aqui), a versão pop de Pet Shop Boys (veja aqui) a regravação meio metalizada de The Wallflowers (veja aqui), e a versão aportuguesada "Comecei uma brincadeira" com Ronnie Von (veja aqui). Mas, a bem da verdade, nenhuma performance chega perto do original, exceto a interpretação ao vivo dos próprios Bee Gees para o especial One Night More de 1998.
Com vocês, os inesquecíveis irmãos Gibbs:



"I STARTED A JOKE"
"EU FIZ UMA BRINCADEIRA"

I started a joke
Eu fiz uma brincadeira
Which started the whole world crying
Que fez o mundo inteiro chorar
But I didn't see
Mas eu não percebi
That the joke was on me
Que a brincadeira era sobre mim
I started to cry
Eu comecei a chorar
Which started the whole world laughing
O que fez o mundo inteiro rir
Oh, if I'd only seen
Ah, se pelo menos eu tivesse visto
That the joke was on me
Que aquela brincadeira era sobre mim
I looked at the skies
Eu olhei para o alto
Running my hands over my eyes
Levantando minhas mãos sobre meus olhos
And I fell out of bed
E eu cai da cama
Hurting my head from things that I'd said
Machucando minha cabeça com coisas que eu disse
'Till I finally died
Até que finalmente eu morri
Which started the whole world living
O que fez o mundo inteiro viver
Oh, if I'd only seen
Ah, se ao menos eu tivesse visto
That the joke was on me
Que a brincadeira era sobre mim
I looked at the skies
Eu olhei para o alto
Running my hands over my eyes
Levantando minhas mãos sobre meus olhos
And I fell out of bed
E eu cai da cama
Hurting my head from things that I'd said
Machucando minha cabeça com coisas que eu disse
'Till I finally died
Até que finalmente eu morri
Which started the whole world living
O que fez o mundo inteiro viver
Oh, if I'd only seen
Ah, se ao menos eu tivesse visto
That the joke was on me
Que a brincadeira era sobre mim

* * *

Na próxima indicação, nós vamos ao Reino Unido buscar mais uma preciosidade musical, onde voz e piano dão um tom magistral a uma letra sensacional.
Aguardem!


quinta-feira, 9 de julho de 2015

E-book sobre Música à luz do Espiritismo


Será que há música no mundo espiritual?
Será que os Espíritos se interessam por nossas músicas?
As músicas têm influência na nossa vida prática?
Essas e outras questões interessantes são abordadas no livro digital "A Música Segundo o Espiritismo", autoria de Ery Lopes, disponível gratuitamente em formato PDF neste link.
Para se ter uma ideia do teor da referida obra, analisemos a seguinte crônica nele inserida:
Todo livro de autoajuda que se preze tem entre suas receitas de bem-estar o preceito de se usufruir da boa Música, pois esta não é uma criação humana, mas sim uma dádiva divina: a arte musical terrena é uma singela representação da música celeste, tal como o brilho lunar refletido numa lagoa não é a lua.

Harmonia é uma aptidão inerente ao Espírito — a todos os Espíritos —, parelho ao instinto de progressão que nos instiga a evoluirmos sempre. Tal é o seu préstimo.
A Criação é uma canção. A manutenção do Universo é uma sinfonia a ecoar ininterruptamente. O rugido do solo terreno, o chio da água, o estrondo retumbante do trovão, o gorjeio dos pássaros, o zumbido dos ventos... Tudo isso é uma composição natural. Até o silêncio — também elemento musical — é peça sonora. Logo, Deus, o Grande Autor, é outrossim o Grande Compositor e Maestro da canção universal.
Antes que a raça humana desenvolvesse a escrita e a fala, a intuição materna já havia desenvolvido a canção de ninar, com modestos solfejos a embalar suas crias no colo, com a mais pura autenticidade. Observando a Natureza o homem aprendeu a cantar e a ritmar. No eco vindo das cavernas, desde o primitivismo, encontrou os primeiros efeitos especiais, mais tarde imitados pela indústria fonográfica.
E por que queriam agradar aos seus deuses, nossos ancestrais elegeram a Música como o mais sublime tributo e meio de oblação, aquilo que melhor poderiam dar aos seres superiores. Assim nasceu o gênero sacro. A profanação musical se deu quando os reis da terra recobraram igualmente para si o status de divindade. A Música deu vida aos aedos e trovadores, e no curso de seu alargamento, com o romantismo, assumiu feições passionais, até se vulgarizar, para quebrar o atavismo da exclusividade elitista, achando-se atualmente numa miscelânea tal que ora encanta, ora espanta.
Mas o que é a Música, afinal?
Nem mesmo os grandes mestres desta arte na Terra ousaram circunscrever o seu conceito: “Música não é para ser explicada, mas para ser sentida!” — concordam eles. Sendo de ordem metafísica, o homem, logicamente, não poderia explicá-la.
Certa vez, porém, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, sob a regência do egrégio Allan Kardec, ocupou-se desta temática, compreendendo que a Música, genuinamente de natureza espiritual, deveria ter uma aplicação transcendental, uma vez que não seja meramente para entretenimento terreno — embora seja legítimo este emprego. E para aqueles eminentes estudiosos fez-se presente, mediunicamente, o Espírito de Gioachino Antonio Rossini, que em vida foi renomado compositor de obras-primas (tais como “A Cinderela”, “O Barbeiro de Sevilha” e “Guilherme Tell”). Este se pôs a debruçar-se sobre a interpretação espiritual sobre a Harmonia, da qual ora colocou-se humildemente na condição de singelo aprendiz. (vide capítulos “Música Celeste” e “Música Espírita”, ambos em OBRAS PÓSTUMAS, Allan Kardec).
“Não é que haja música na espiritualidade, mas sim que: A Música é do mundo dos Espíritos” — afirma Rossini — “E esta é sem comparação” — acrescenta. As entidades elevadas, que dominam a técnica musical, produzem-na por ação direta com o fluido cósmico, cujas vibrações penetram no âmago dos seres e se confunde com a prece, glorificando a Deus e levando ao êxtase aqueles que são capazes de concebê-la. Tal configuração ressoa no éter de maneira que nenhum instrumento humano jamais será capaz de imitar ao menos aproximado.
Rossini continua sua interpretação comparando a Música a uma ponte: é uma espécie de médium que transmite aos seus ouvintes a própria natureza do compositor. A essência, portanto, é a Harmonia, carregamento de sentimentos daquele que a compõe. A música é posta a serviço desse sentimento para tentar reproduzir as mesmas sensações do compositor àquele que ouve. Uma canção está sempre emoldurada de parte do conteúdo daquele que a produziu. O ouvinte – consciente ou não – absorve esse conteúdo.
A boa criação musical é uma carta de amor que encantará àquele que a ler. Em contrapartida, a composição vulgar esparge o perfume da malícia, do rancor, da desonra. Ela sobrecarrega seu receptor e infama o Pai Celeste. A música entoa aquilo que preenche o coração.
Se em nosso orbe essa carga de sentimentos de que se compõe uma música pode ser falseada ou mal reproduzida, no mundo espiritual isso não é possível, pois a transmissão é de alma para alma, sem auxílio de instrumentos rudes e limitados. Os Espíritos musicam o composto exato daquilo que eles são.
Se de um lado da ponte está o artífice da obra harmônica, do outro está o ouvidor. Este se enleva com a qualidade da obra conforme seu estágio evolutivo. E o escutar não constitui simplesmente um ato passivo, mas é, além disso, ressoar na mesma faixa de vibração — positiva ou negativa —, tal qual uma câmara de eco. O gênero, por conseguinte, serve como um dos parâmetros para graduar os indivíduos, fazendo valer esta versão de um anexim: Diz-me que música tu ouves que te direi quem tu és.
Rossini atentam-nos para a importância da música espírita, como utensílio de elevação individual e coletiva. Seja de teor doutrinário ou de louvação, ela há de alavancar sentimentos mais nobres na humanidade. O Espírito de rudes percepções — dado seu atraso moral e intelectual — por vezes é tangido pela harmonia, levado ao cume de uma satisfação — ainda que não a compreenda completamente — e, de volta à realidade, sente em seu imo o almejo por subir novamente ao monte prazeroso. Este um efeito progressista de que a Música é capaz.
A terapia musical – musicoterapia – nos reporta a um episódio bíblico, contado no primeiro livro de Samuel, em que Saul, o rei déspota do povo hebreu, atormentado por angústias oriundas de seus distúrbios morais, experimentou o efeito revigorador produzido pelos sons da harpa do menino Davi, que mais tarde se tornaria o mais memorável dos reis de Israel e a quem se imputa a honra de inspirador do livro dos Salmos.
Eis o instinto natural ao progresso imprimido na alma de todo ser inteligente. Assim, a música espírita é uma mola propulsora para o melhoramento individual. Ela projeta o oásis prometido às almas e nos incita a caminhar nesse rumo.
A descrição acima veio de um indivíduo, Gioachino Rossini, mas foi corroborada pelos Espíritos Superiores que acercaram o nobre codificador espírita e o mencionado grupo de estudos, autenticando assim a tese em nome do Espiritismo.
Visto que a música é uma das incumbências dos Espíritos, cuidemos de nos qualificar nessa matéria, começando pela triagem do que ouvimos, caminhando para a mediunização musical (reprodução das composições) até tocarmos a sublime aptidão para a composição superior.
Espíritas, patrocinem a música espírita: ouçam, componham, toquem e cantem músicas espíritas. Mas que ela seja ato de caridade da parte do músico espírita, tal como na “mediunidade com Jesus”, sem benefícios financeiros e privilégios individualistas.
Mães, embalem seus filhos no colo e cantem para eles!
Homens, enfileirem-se à orquestra da Natureza.

Clique aqui para acessar este livro.

Sobre o mesmo tema, podemos assistir uma palestra com Ery Lopes, acompanhado de João Lucius, inclusive, com inserções de alguns canções, que cabem bem no contexto da exposição.
Acompanhe: